Na visão da companhia, os negócios não conseguirão perdurar e prosperar sem que, em suas agendas, a responsabilidade social e ambiental esteja no topo de prioridades
Se antes da pandemia causada pela Covid-19 o tema sustentabilidade já era “trend topic”, durante esse período e nas previsões para o mundo pós-crise, não haverá meios de os negócios perdurarem e prosperarem sem que, em suas agendas, a responsabilidade social e ambiental esteja no topo de prioridades.
Na nova economia, o propósito vem antes do lucro e isso é uma consequência simples e direta da mudança de comportamento e valores do consumidor, que cada vez mais exige comprar de marcas e empresas responsáveis com o meio ambiente e a sociedade.
Para empresas de pequeno e médio porte, principalmente as que não produzem diretamente para o consumidor final, essa responsabilidade não passa a ser menos importante. As grandes empresas tendem a ser cada vez mais exigentes com seus fornecedores. Muito além da ISO, as boas práticas, a inovação e a responsabilidade social e ambiental fazem parte dessa nova era mais consciente e exigente.
Abaixo, o time de Marketing e Comunicação da Lotus Química dá quatro dicas de práticas simples que tornam ambientes corporativos de pequeno e médio porte ainda mais sustentáveis:
1. GESTÃO EFICIENTE DOS RECURSOS
O consumo consciente dos recursos está no topo de todos os manuais de sustentabilidade. O que antes parecia inalcançável ou impraticável hoje já tem acesso facilitado. Um exemplo simples são as lâmpadas de LED, já disponíveis em supermercados populares e lojas do ramo. A tecnologia reduz o impacto ambiental com baixo consumo de energia e dura de 15 a 25 mil horas sem necessidade de manutenção. Além disso, consome 90% menos de energia, o que, por consequência, também reduz o impacto ambiental e a conta no final do mês.
Ainda no tema energia, também com maior acessibilidade, há os painéis de energia solar, hoje já encontrados em residências, escritórios menores e fábricas de pequeno porte. Apesar do investimento inicial necessário em função dos equipamentos e instalação, o payback acontece na média de cinco anos dependendo do consumo, e eles não exigem manutenção antes dos primeiros 25 ou 30 anos de utilização. A economia na conta de luz chega a ser de 95%.
No mesmo grau de importância, a água também é um recurso que demanda mais responsabilidade no uso. Sistemas de captação da água da chuva também estão em alta. Estes, por sua vez, possuem o payback de apenas um ano e reduzem entre 40% e 50% a conta de água no fim do mês.
2. CONSCIÊNCIA AMBIENTAL DO TIME
Na indústria de transformação, principalmente as de menor porte, cujos controles podem ser mais flexíveis, é de suma importância que a consciência ambiental comece na correta utilização e gestão da matéria-prima.
Além disso, todo o time precisa estar atento aos hábitos e isso é construído aos poucos, desde a substituição dos copos de plástico por canecas, a separação do lixo também dos setores administrativos, até a escolha de fornecedores que compactuam da mesma responsabilidade e valores sociais e ambientais.
Técnicas e ferramentas de endomarketing e educação corporativa são fundamentais para a mudança de mentalidade do time. Ferramentas acessíveis, desde e-mails, chats internos a gincanas, ajudam todo esse movimento a deixar de ser um tema chato ou que fique apenas nos manuais e procedimentos para virar motivo de maior engajamento dos funcionários.
Os funcionários tendem a produzir muito mais e atuarem como vendedores da marca da empresa quando vivem o propósito da companhia muito além do lucro. O Employer Branding começa com o desenvolvimento do sentimento de pertencimento de todo o time.
3. EMPRESA E COMUNIDADE JUNTOS
Depois que o turno termina, seus funcionários retornam para suas comunidades que, muito provavelmente, fazem parte da vizinhança da sua empresa. Logo, quanto mais segura e saudável estiver a comunidade, mais seguros e saudáveis também estarão seus funcionários e suas respectivas famílias.
Faz parte da pasta de sustentabilidade o envolvimento da empresa com a comunidade, seja de forma direta ou como apoio e parceria com a iniciativa pública. Criar e fomentar campanhas e programas de voluntariado costumam ter investimentos baixíssimos se comparados com o impacto que causam na sociedade.
Além disso, incentivar o empreendedorismo, priorizar fornecedores locais e fomentar negócios familiares também são iniciativas que fortificam e profissionalizam a sociedade.
Indo um pouco mais além, parcerias “empresa-escola” têm feito cada vez mais sentido e o movimento é uma via de mão-dupla. Capacitação de mão de obra futura, apoio ao desenvolvimento intelectual de funcionários e seus filhos são alguns dos impactos de maior valor agregado e que, definitivamente, podem mudar os índices sobre a educação básica de todo o país.
4. TECNOLOGIA VERDE
A mobilidade e flexibilidade do ambiente de trabalho já eram uma tendência, que a pandemia apenas acelerou. Com a oportunidade do home office e dos horários mais flexíveis, é de suma importância a disponibilidade das informações em ambientes 100% digitais e seguros. Ferramentas gratuitas, como Google Drive, Dropbox e outras soluções de gestão de documentos e conteúdos eletrônicos, expandiram em escalas globais os ambientes de trabalho, antes limitados ao local físico.
Alocar sistemas e informações da empresa em tecnologia de nuvem possibilita também a contratação de especialistas de qualquer lugar do mundo para contratos de curto ou longo prazo. É a oportunidade e elevar o nível de profissionalismo e inovação de pequenas e médias empresas apor meio da gestão verde, segura e digital das suas informações.
RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL NÃO É MAIS DISCURSO DE MARKETING
Se o consumidor anda mais exigente e consciente, os compradores que negociam com seu departamento de vendas também, afinal, eles são as mesmas pessoas. As separações e diferenças entre o ambiente B2B e B2C estão ficando cada vez menores. Os negócios são hoje feitos em esferas H2H (humans to humans) e os critérios de escolha e tomada de decisão estão se convergindo para nunca mais retrocederem.
Responsabilidade ambiental e social não é mais discurso de marketing, é valor posto em prática para negócios e organizações que querem prosperar e ter relevância neste “novo” – ou nem tão novo assim – “normal”.